Agronegócio brasileiro: potência global do campo
Explore o agronegócio brasileiro, suas principais empresas, exportações agrícolas, tecnologia no campo e os desafios que moldam o futuro do setor.
MUNDO
Gustavo Sobral
5/29/202512 min ler


Agronegócio brasileiro: força econômica, inovação e perspectivas
O agronegócio brasileiro é pilar da economia nacional: responde por cerca de 24,8% do PIB e por mais de 20% dos empregos formais, sendo hoje um dos principais motores do país. Em 2024 o setor empregou 28,2 milhões de pessoas (26% das ocupações) e elevou as exportações a patamares recorde (US$ 166,6 bilhões em 2023, quase metade das vendas externas brasileiras). Esse peso econômico reflete a vasta diversidade de produtos e mercados do agro nacional, que ganhou destaque global ao abrir 78 novos mercados em 2023. De grãos a carnes, passando por biocombustíveis e florestais, o Brasil se consolidou como fornecedora essencial de alimentos, fibras e energia, papel reconhecido até pela ONU ao estimar que nossa produção terá de crescer 41% até 2050 para alimentar um mundo de 9 bilhões de pessoas.
Panorama geral: regiões e principais culturas
O agronegócio concentra-se sobretudo em três regiões (Centro-Oeste, Sul e Sudeste), que juntas respondem por mais de 80% do Valor Bruto da Produção (VBP) nacional. Destacam-se os seguintes estados e produtos:
São Paulo (R$159,3 bilhões) – maior VBP do país. Líder em cana-de-açúcar (gira R$45 bi e representa mais da metade da produção nacional), o estado também domina a citricultura (2/3 do suco de laranja nacional) e é importante em café, milho e pecuária de corte.
Mato Grosso (R$151,9 bilhões) – maior produtor de grãos do Brasil. É responsável por ~17% do VBP nacional e lidera no plantio de soja (principal produto do país), além de milho e algodão. Sua produção abastece grandes correntes de exportação.
Paraná (R$130,9 bilhões) – segundo maior produtor de soja e exportador de frango do país. Além de soja e milho, destaca-se como polo avícola (second place mundial) e suinícola, contando com infraestrutura logística avançada para escoar a produção interna e externa.
Minas Gerais (R$127,1 bilhões) – liderado pelo café arábica (cerca de R$30 bi) e pela pecuária leiteira. A soja e o feijão também são relevantes para o estado. Minas investe em tecnologia e inovações (como agricultura de precisão) para aumentar a produtividade das lavouras.
Rio Grande do Sul (R$108,9 bilhões) – forte produtor de grãos (soja, milho, trigo e arroz) e carnes. A soja é o carro-chefe (43% do VBP gaúcho), seguida pelo frango. O RS se beneficia de bons portos (Rio Grande, Pelotas) e malha rodoviária/ferroviária para exportações.
Outros estados-chave: Goiás (R$95,3 bi, soja, milho e gado); Mato Grosso do Sul (R$61,9 bi, soja e pecuária); Santa Catarina (R$50,9 bi, maior produtor de suínos do Brasil, além de frango e leite); Bahia (R$49,3 bi, maior produtor nordestino, destaque em algodão, soja e bovinos); Pará (R$34,2 bi, principal do Norte, com gado, soja e mandioca).
Em conjunto, essas regiões formam um mosaico produtivo que vai de densas áreas irrigadas de cana e frutas (Sudeste), a extensas lavouras de grãos e pastagens (Centro-Oeste) e agroindústrias exportadoras (Sul). Além disso, o Brasil possui diversificação sazonal (safrinha de milho, segunda safra de algodão) e flexibilidade para enfrentar crises climáticas em uma região compensando outra.
Principais empresas do agro nacional
O setor conta com gigantes globais, muitos deles com raízes 100% brasileiras e ampla presença internacional. Entre as maiores destacam-se:
JBS – maior empresa de alimentos do mundo e a maior do agro nacional. Tem faturamento de R$350,7 bilhões (2021), opera cerca de 400 plantas em 15 países e produz carne bovina, suína e de frango, além de couro, biodiesel e alimentos processados. Recentemente investiu em proteínas vegetais e higiene pessoal.
Marfrig Global Foods – segundo maior frigorífico mundial. Resultado de grande consolidação (frequentemente com aquisições) em carnes bovina e seus derivados, com atuação em ~100 países e investimento em cadeias de fornecimento sustentáveis na Amazônia e Cerrado.
BRF – fruto da fusão Sadia-Perdigão (2009), é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e maior exportadora de carne de frango do Brasil. Possui mais de 30 marcas fortes (Sadia, Perdigão, Qualy etc) e atua globalmente.
Suzano – gigante da celulose de eucalipto, maior do setor no Brasil. Em 2021 registrou EBITDA recorde (R$23,5 bi) e investe bilhões na expansão de fábricas (ex: novo complexo no MS). Suas fibras alimentam papel e papelão demandados mundialmente.
Copersucar – maior cooperativa de açúcar/etanol do Brasil. Controla ampla produção de açúcar e etanol (exportando 12 milhões de t de açúcar anualmente) e tem crescido no mercado externo (NOS EUA e Ásia) de etanol.
Raízen Energia – joint venture Cosan/Shell, a maior produtora de etanol de cana e exportadora de açúcar brasileira. Com 35 usinas, gera bilhões de litros de combustíveis (6,2 mi t de açúcar, 29 bi L de etanol) e até energia elétrica a partir do bagaço.
Amaggi – pioneira em soja de MT, maior sojicultora de capital 100% nacional. Atua em três frentes: produção (milho, soja, algodão), trading (exportação de grãos, insumos) e logística (Corredor Norte, via rios Madeira/Amazonas). Produz ~1,2 milhão de toneladas de grãos/ano.
SLC Agrícola – uma das maiores produtoras mundiais de soja, milho e algodão, com 22 fazendas em 7 estados. Introduziu gestão industrializada no campo, alcançando alta produtividade por hectare e integrando inovações como plantio mecanizado avançado.
Minerva Foods – terceiro maior frigorífico bovino do país e importante exportador de carne. Destaca-se por gestão de risco e avanço em mercados externos, além de investimentos em rastreabilidade e sustentabilidade na cadeia de corte.
Cooperativas e outros: Também merecem menção cooperativas como Coamo, Aurora e C.Vale (lideranças em grãos e carnes no Sul/Centro-Oeste), além de empresas multinacionais de trading (Bunge, Cargill, Louis Dreyfus) que operam grandes armazéns e terminais no país.
Essas empresas, privadas ou cooperativas, ajudam a difundir marcas brasileiras (ex: JBS, SLC, Marfrig) globalmente. Muitas adotam políticas ESG, rastreamento de origem e se expandem com aquisições internacionais, consolidando o “agronegócio do Brasil” na cadeia global de alimentos.
Produtos mais exportados e destinos
A pauta exportadora agropecuária é liderada por commodities:
Soja e derivados (grãos, farelo, óleo): correspondem a ~33% da receita total do agro brasileiro em 2024. A maior parte é vendida à China, mas Alemanha, Países Baixos e Itália também aparecem entre os destinos da soja brasileira.
Carnes (bovina, de frango e suína): cerca de 16% das exportações agro. Destinos principais são China, Estados Unidos, Países Baixos e Chile. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e está entre os líderes em carne bovina e suína.
Complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol): representa ~12% das exportações. Grãos de cana e açúcar refinado seguem principalmente para mercados como UE, países do Leste Médio e África.
Produtos florestais e celulose: cerca de 10% do valor exportado. O país é líder mundial em exportação de celulose de fibra curta (eucalipto) e papel, vendidos à China, Europa e EUA.
Café: participa com 7,5% do total. O Brasil é o maior exportador de café arábica; os principais compradores são Estados Unidos, Alemanha e Japão.
Outros: cereais (arroz, farinha) (~6%), frutas tropicais (como suco de laranja – exaustivamente exportado para EUA e UE), óleo de soja, algodão, carnes processadas, entre outros.
Destinos principais (2024): China (30,2%), União Europeia (14,2%) e EUA (7,4%) são os maiores compradores do agro brasileiro. Também se destacam economias asiáticas (Indonésia, Vietnã) e do Oriente Médio (Emirados Árabes) na aquisição de grãos, carnes e açúcar. Em suma, o mercado externo brasileiro é bem diversificado geograficamente, garantindo resiliência às vendas externas.
Inovação e tecnologia no campo
O agro brasileiro tem se beneficiado intensamente da tecnologia e inovação – o chamado “agro 4.0”:
Agricultura digital: uso de sensores IoT, GPS, drones e imagens de satélite para monitorar lavouras e pastagens. Pesquisa da Embrapa/Sebrae/Inpe revelou que 84% dos produtores rurais brasileiros já utilizam ao menos uma ferramenta digital (internet, smartphone, aplicativos) em sua operação. Em particular, o uso de drones teve expansão de 172% entre 2016-2020, auxiliando em mapeamento de solo, pulverização de precisão e diagnóstico de doenças. A conectividade no campo (5G rural, satélites) vem sendo expandida para suportar essas tecnologias.
Startups e agtechs: o país possui um ecossistema vibrante de inovação agro. O Radar Agtech Brasil 2023 mapeou 1.953 startups dedicadas ao agronegócio (crescimento de 14,7% em um ano). Essas empresas desenvolvem soluções como softwares de gestão de fazenda, bioinsumos inovadores, monitoramento climático e robótica. A maioria (77%) integra hubs de inovação locais, demonstrando maturidade do setor.
Sistemas integrados (ILPF): vem ganhando força a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Em eventos como AgroBrasília 2025 reforça-se que ILPF aumenta a eficiência do uso da terra, permitindo produzir e conservar ao mesmo tempo. Produtores que adotam ILPF conciliam colheitas de milho/soja com criação de gado em ciclo, reduzindo erosão e degradando menos florestas. O Brasil compartilha essas boas práticas em projetos internacionais de sustentabilidade.
Sustentabilidade e ESG: cresce a demanda por práticas agropecuárias sustentáveis. Muitas empresas implementam planos de redução de emissões, manejo de água e assentamentos florestais (ex: investimento em energia solar em fazendas). Técnicas como plantio direto, rotação de culturas e controle biológico são amplamente difundidas. Além disso, certificações socioambientais (Rainforest Alliance para café, RSPO para palma, orgânicos etc.) agregam valor e abrem portas em mercados premium exigentes.
Em suma, inovações agrícolas permitem ganhos de produtividade e maior controle de riscos. Os produtores combinam tradição com tecnologia de ponta, mantendo o Brasil competitivo no século XXI.
Desafios do setor
Apesar dos êxitos, o agro brasileiro enfrenta gargalos estruturais e externos:
Infraestrutura logística: portos, ferrovias e rodovias não têm acompanhado o crescimento do agronegócio. Investimentos em infraestrutura ficaram em apenas 2,2% do PIB em 2024, menos da metade do recomendado. Portos (Santos, Paranaguá, Santarém etc.) operam no limite de capacidade, gerando atrasos e custos extras; em março de 2025, faltou embarcar 637 mil sacas de café por falta de espaço portuário. Nas estradas, longas filas no escoamento (como na BR-163 no MT) aumentam riscos de perda de safra. Modernização de hidrovias e ferrovias é urgente para otimizar o escoamento interno e reduzir custos logísticos.
Questões ambientais: o agronegócio é alvo de críticas sobre desmatamento e emissões. Embora o desmatamento no Brasil tenha caído 32,4% em 2024 (para ~1,24 mi ha), ainda é o principal ator nas áreas rurais (sobretudo Cerrado e Amazônia) e precisa equilibrar expansão com preservação. Na esfera internacional, certificações e regulamentos (como regras de “desmatamento zero”) pressionam produtores. A falta de exigências ambientais rígidas no passado gera desconfiança de parceiros comerciais, especialmente na União Europeia.
Acesso ao crédito: o Plano Safra 2024/25 destinou R$400,6 bilhões a financiamentos (+10% vs. safra anterior), com R$108,6 bi em títulos (LCA/CPR) para capitalizar o setor. No entanto, parte crescente do crédito está em taxas livres (até 12% a.a.), o que encarece o custo para grandes produtores e quase exclui pequenos. A suspensão de juros subsidiados em alguns programas levanta incertezas. Facilitadores de crédito rurais e instrumentos como cooperativas podem ajudar pequenos produtores que não acessam linhas convencionais.
Barreiras comerciais internacionais: novos acordos exigem padrões. No Mercosul-União Europeia, a UE tem expressado receio sobre práticas ambientais e sanitárias do Brasil (uso de agrotóxicos, hormônios na carne, trabalho no campo). Além disso, entra em vigor o Mecanismo de Ajuste na Fronteira de Carbono (CBAM), que tributa importações de produtos “intensivos em carbono” (como aço, alumínio, fertilizantes). Isso pode onerar exportações agrícolas brasileiras se não houver comprovação de menor pegada de carbono. Mercados como China e EUA também mantêm suas próprias regras fitossanitárias rígidas (por exemplo, limites de resíduos e contaminação) que podem restringir acessos.
Clima e volatilidade: fenômenos climáticos extremos (secas no Centro-Oeste, geadas no Sul, enchentes no Nordeste) têm se tornado mais frequentes, impactando a produção e a oferta de alimentos. Ao mesmo tempo, a oscilação cambial do real influencia diretamente o resultado das exportações e o custo de insumos importados (fertilizantes, máquinas). Os produtores precisam, assim, de seguros agrícolas, hedge cambial e diversificação de mercados para mitigar esses riscos.
Oportunidades futuras
Vários vetores apontam caminhos de expansão do agro nacional:
Bioenergia e biocombustíveis: o Brasil já é líder em etanol de cana e bicombustíveis. A próxima onda é o etanol de 2ª geração (celulósico) a partir de resíduos de cana, já em construção por empresas como GranBio e Raízen no Nordeste. Também há grande potencial em biodiesel (soja, palma, gorduras animais) e na produção de bioquerosene para aviação (SAF – combustível verde para aviões), visando reduzir emissões de CO₂ no setor de transporte.
Proteínas vegetais e novos alimentos: a demanda por proteínas alternativas cresce globalmente. Brasil, maior produtor de soja, tem matéria-prima estratégica para alimentos à base de plantas. Novos produtos (hambúrgueres vegetais, leites e iogurtes de soja/ervilha) estão em desenvolvimento local, impulsionados por startups e grandes indústrias do agroalimentar. Essa tendência agrega valor à soja exportada e cria empregos em biotecnologia alimentar.
Novos mercados e parcerias: países africanos e do Oriente Médio seguem ampliando acordos de segurança alimentar com o Brasil. Investimentos em infraestrutura de armazéns e parcerias em comércio bilateral (como desde Angola ao Sudeste Asiático) devem abrir fronteiras para carnes, cereais e lácteos brasileiros. A diversificação geográfica reduz o risco de concentração de mercado.
Rastreabilidade e certificações: consumidores modernos exigem saber a origem dos alimentos. O mercado premium de carnes orgânicas, café especial e frutas certificadas (Fair Trade, Rainforest Alliance, 4C) é crescente. Além disso, tecnologias como blockchain permitem rastrear o grão do plantio à garrafa. A adoção de sistemas de rastreabilidade dará vantagem competitiva, agregando valor e garantindo o cumprimento de padrões ESG.
Agropecuária Inteligente e urbana: práticas de agricultura de precisão, integração com ciência (plataformas de simulação de clima) e até urban farming (produzir alimentos em cidades) são nichos de crescimento. Projetos de smart farming e cadeias de frio mais eficientes reduzirão perdas e ampliarão a participação brasileira no mercado global.
Agronegócio no mercado financeiro
O agro também se integra ao mercado de capitais:
Ações na B3: várias empresas do setor têm capital aberto, permitindo investimento direto. Entre elas: JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3), Suzano (SUZB3), SLC Agrícola (SLCE3), Cosan (CSAN3), entre outras. O desempenho dessas ações reflete fatores globais (demanda, câmbio) e locais (safra, políticas). Investidores institucionais brasileiros e estrangeiros acompanham esses papéis como termômetro do agro.
Letras de Crédito e títulos rurais: o agronegócio tem recursos dedicados. Por exemplo, em 2024 foram emitidos cerca de R$108,6 bilhões em LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e CPRs (Cédulas do Produtor Rural). Esses títulos de crédito vinculam o capital do investidor direto a financiamentos rurais, sendo amplamente utilizados para sustentar o Plano Safra. Além disso, aumentam debêntures do agro com perfil ESG, atraindo investidores focados em sustentabilidade.
Fiagros e fundos de investimento: em 2021 foi criado o Fiagro (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), um veículo de captação específica para o setor. Hoje há dezenas de fundos Fiagro na B3, investindo em terras agrícolas, negócios agrícolas e títulos rurais. Esse instrumento democratizou o acesso de investidores de varejo/qualificados aos ativos do agro. Ademais, surgem RIAs (Real Estate de fazendas) e debêntures híbridas que ampliam as opções de financiamento agrícola.
Agricultura contracíclica: durante incertezas econômicas, o agronegócio costuma atrair investimentos defensivos por ser setor essencial. Exemplo: em cenários de inflação alta, empresas exportadoras de comida repassam valor aos preços, protegendo margens. Assim, fundos e investidores conservadores às vezes realocam parte em ativos ligados ao agronegócio como proteção.
Em suma, o agronegócio oferece múltiplas formas de investimento, desde a compra direta de ações até participação em fundos especializados, evidenciando sua maturidade financeira e importância estratégica.
Brasil como potência agroambiental
O Brasil está consolidado como potência agroambiental global. Sua combinação única de terras férteis, clima favorável em muitas regiões, mão de obra treinada e forte base científica (Embrapa, universidades e centros de pesquisa) garante vantagens competitivas. Com investimentos em tecnologia e sustentabilidades, o setor comprova que “produzir e preservar” não são contraditórios, mas sim o caminho para alimentar o mundo. A visão de longo prazo e a contínua modernização prometem manter o Brasil no centro da segurança alimentar mundial. Em síntese, o agronegócio brasileiro não só abastece o mercado interno e gera riqueza; ele representa para o mundo a esperança de alimentos abundantes e métodos cada vez mais sustentáveis, reafirmando o protagonismo do país nas próximas décadas.
Fontes: Informações baseadas em dados oficiais e análises do setorabagrp.org.br, gov.br, agro.estadao.com.br, riotimesonline.com, riotimesonline.com, riotimesonline.com, agrosustentar.com.br, exame.com, embrapa.br, pwc.com.br, poder360.com.br, uol.com.br, agroadvance.com.br, moneytimes.com.br.